quarta-feira, 27 de novembro de 2013

The Voice começou na Holanda e toma conta do mundo

Os técnicos brasileiros que dispensam apresentações e críticas

O reality show The Voice Brasil não é sucesso apenas no Brasil. Criado na Holanda, em 2010, o programa que busca descobrir a nova voz para embalar os ouvidos e corações, só passou a ter notoriedade mundial quando começou a ser produzido pela TV americana, a NBC, em 2011.
A franquia logo se espalhou por diversos países, até que chegou nas terras tupiniquis no final do ano passado. Em alguns países, bem como na Holanda, houveram duplas como juízes/treinadores, como você pode ver nas imagens abaixos da maioria dos países. Algumas nações chegaram até a produzir a versão local do The Voice Kids. Em outro post conheceremos os apresentadores.
Não vou fazer crítica aos técnicos brasileiros... nem vou dizer que Luiza Posse e Maria Gadú deveriam assumir o lucas daqueles que elas "ajudam" na orientação dos candidatos, Daniel e Cláudia Leite. 
E nem quero destacar que prefiro mil vezes assistir a versão americana à brasileira, e que na versão dos EUA a gente torce não só pro calouro, mas para o técnico que faz questão de batalhar com seus afilhados para vencer a disputa.
Curiosidades: o cantor espanhol, David Bisbal, que adoro, um dos meus favoritos, foi descoberto em um reality show espanhol chamado Operación Triunfo, que aqui chamávamos de Fama, lembra? Além de ser um dos técnicos em seu país, atualmente é um dos juízes na atual temporada do México. E a mexicana Paulina Rúbio que não gosto por ser rival de minha diva Thalía) foi uma das técnicas na primeira temporada do México e atualmente é integra os jurados do americano The X Factor, que já apresenta sinais de desgaste.
Um reality show musical, para continuar tendo sucesso, precisa não só de bons calouros mas de bons técnicos. The X Factor USA está indo para o caminho de chatices que American Idos trilha a cada nova edição desde que o grupo original se desfez.

 Atuais técnicos holandeses, que inclusive, conta com a participaçãod e uma brasileira, Fantine, que foi uma das integrantes do grupo Rouge


A versão original já teve uma dupla como técnicos e o modelo também foi copiado pelos países que compraram a franquia

Estados Unidos


Albânia


Alemanha

Armênia


Austrália, com Rick Martin


Indonésia


Coreia do Sul


Dinamarca


Finlândia


França


Bulgária


Grécia


Inglaterra


Irlanda, com belas toalhas coloridas (Rá!)


Itália


Hungria


Argentina


Espanha


Canadá


Lituânia


Colômbia


México, 1ª Temporada 


México, 2ª Temporada, com Alejandro Sanz


México, 3ª Temporada 


Mundo Árabe


Polônia


Portugal


República Theca


Suécia


Suíça


Tailândia


Bélgica, em neerlandês


China


Filipinas


Turquia, só com toalhas coloridas (Rá 2!)


Vietnã


Romênia


Bélgica, em francês

Afeganistão

Georgia

Russia

Ucrânia

terça-feira, 26 de novembro de 2013


Lado a Lado é eleita a melhor novela do mundo de 2013

O drama de duas mulheres, uma branca e a outra negra, relatou surgimento do futebol, do samba e das favelas no Rio de Janeiro.


Surpreendentemente Lado a Lado, novela das 18h da TV Globo transmitida entre 2012 e o começo deste ano, levou o prêmio Emmy Internacional de melhor novela do mundo, ontem em Nova Iorque. Para mim não foi surpresa nenhuma, mesmo eu achando que Avenida Brasil venceria depois que teve grande repercussão mundial e ser aclamada pela crítica especializada brasileira. Achei Avenida Brasil uma tremenda chatice.


Lado a Lado, que foi uma produção impecável, infelizmente não obteve a audiência esperada e merecida, mas agradou os críticos internacionais e merecidamente conquistou o título de melhor novela do mundo. Com um texto simples, figurinos lindíssimos, e interpretações marcantes como a de Patrícia Pillar que mais uma vez deu um show ao interpretar a vilã Constancia, a novela das 18h deu uma aula de história.
Não há como esquecer que nos primeiros capítulos a produção mostrou como foram formadas as favelas do Rio de Janeiro. Relatou ainda o preconceito forte que ainda existia anos após a abolição dos escravos e das mulheres divorciadas, o surgimento do futebol (e acreditem, achavam que jamais um negro seria bem visto jogando futebol), e do samba (que também foi muito marginalizado).


Segundo o site oficial, a trama girou em torno da sólida amizade de Laura (Marjorie Estiano) e Isabel (Camila Pitanga), duas mulheres de classes sociais diferentes, que lutaram por seus amores, desejos e independência. A novela abordou os anseios e dificuldades enfrentadas por mulheres em busca de um novo papel na sociedade, além de mostrar a afirmação dos negros e de sua cultura no Brasil após o fim da escravidão. Os acontecimentos históricos do período, como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata, por exemplo, serviram como pano de fundo dos conflitos vividos pelos personagens, dando um panorama da formação da cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, na primeira década após a instauração da República. O nascimento das favelas, o surgimento do samba e a introdução do futebol no país ajudaram a compor o cenário da história.


Laura, filha de ex-barões do café, e Isabel, jovem negra, pobre e trabalhadora, se conhecem na igreja, enquanto aguardam seus futuros maridos para subir ao altar. Ali, entre meias confidências, nasce uma amizade genuína entre as duas, que perpassa toda a trama.
Enquanto Isabel espera ansiosa e feliz pela chegada do noivo Zé Maria (Lázaro Ramos), convicta de que é isso que quer para sua vida, Laura não esconde suas dúvidas e temores diante de um casamento que não deseja: ela vai se casar com Edgar (Thiago Fragoso) contra sua vontade, já que o que gostaria mesmo é de estudar e trabalhar para ser independente e, um dia, tornar-se escritora. Desejos que não correspondem ao papel imposto para as mulheres da época e, portanto, incompreendidos pela sociedade.
Avenida Brasil o povo só gritava e gostava de “trepar” com quantos aparecesse na frente. Não é Cadinho? Não é Suélen? Diálogos patéticos e personagens imbecis. Jorginho mais parecia uma Maria do Bairro chorona de bagos. Nem é uma crítica à Maria do Bairro, pois adoro! Mais uma vez eu digo: só Carminha que valia a pena.
Que a novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage, que contou com 154 capítulos supervisionados por Gilberto Braga, faça muito sucesso pelo mundo afora, em 2014. Fico feliz que pelo menos os críticos do Prêmio Emmy Internacional tenham dado o valor merecido a essa obra tão merecedora dos prêmios que a uó de Avenida Brasil recebeu no Brasil.
Disputaram também o prêmio uma produção angolana e uma canadense.

Fotos: TV Globo

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


“Antonio dos Milagres” é a única telenovela católica



Por Milton Figueiredo

Apesar de acusada de destruir os valores da família, as telenovelas são muito assistidas por pessoas religiosas e pouco produzidas por veículos eclesiásticos. Aliás, no Brasil, existiu apenas uma telenovela de cunho católico: Antonio dos Milagres. São 62 anos de existência desse gênero televisivo criado pela TV Tupi e apenas uma novela foi produzida por um grupo cristão. Alguns sites dizem que há outras novelas católicas, mas na verdade não passaram de séries, como Irmã Catarina, protagonizada por Miriam Rios.
Antonio dos Milagres foi produzida pela Associação do Senhor Jesus, a mantenedora da Rede Século 21 (emissora católica), e exibida pela CNT em 1996, com 120 capítulos. Caramba! Uma novela católica com 120 capítulos? Pois é! Eu mesmo fiquei abismado, mas depois de pesquisar do que se tratava a trama, aí percebi que seria possível sim, tratando de quem se tratou na produção.
Escrita por Geraldo Vietri, com roteiro final de Dárcio Dalla Monica e Chico Martins, com direção de Lucas Bueno, a novela contou a vida de Fernando Bulhões que se tornou o Santo Antonio de Pádua, o conhecido “santo casamenteiro”. Foi a estreia de Eriberto Leão na TV. A produção contou ainda com Patrícia de Sabrit como Santa Clara de Assis.

Antônio Maria

 Nino, o italianinho

Geraldo Vietri (1927-1996) foi autor de muitas novelas. Merecem destaque duas obras de grande repercussão: Antônio Maria (1968) e Nino, o italianinho (1969), ambas com Aracy Balabanian.
E se as novelas destroem os lares brasileiros, se fazem tanto mal e tantos católicos e evangélicos as assistem, por que as emissoras de ambas as religiões não investem no gênero a fim de evangelizarem? “Por ser uma produção cara”, poderiam dizer os diretores das emissoras.


A Rede Vida é a única emissora católica que passou a investir no gênero reprisando a novela Meu Pé de Laranja Lima, produzida e exibida pela TV Bandeirantes, em 1998. A próxima deve ser Os Imigrantes, produzido pela mesma emissora em 1981. Porém, acredito que produzir teledramaturgia não aconteça tão cedo, já que eu mesmo apresentei um projeto no ano passado, mesmo não sendo uma telenovela, mas um programa de cunho catequético para as crianças. O mesmo projeto foi apresentado à TV Aparecida, que também alegou não ter recursos para produzi-lo.
Mas, será que as novelas religiosas, católicas ou evangélicas, teriam como fugir da realidade da atual sociedade brasileira deixando de apresentar casais em terceira união, casais homossexuais, mulheres que abortam, infidelidade, assassinatos? Iriam investir apenas em vidas de santos ou de convertidos? Não seria nada demais, já que todo final de novela é repleto de clichês e cumpririam seu papel de propagar a doutrina.