terça-feira, 26 de novembro de 2013


Lado a Lado é eleita a melhor novela do mundo de 2013

O drama de duas mulheres, uma branca e a outra negra, relatou surgimento do futebol, do samba e das favelas no Rio de Janeiro.


Surpreendentemente Lado a Lado, novela das 18h da TV Globo transmitida entre 2012 e o começo deste ano, levou o prêmio Emmy Internacional de melhor novela do mundo, ontem em Nova Iorque. Para mim não foi surpresa nenhuma, mesmo eu achando que Avenida Brasil venceria depois que teve grande repercussão mundial e ser aclamada pela crítica especializada brasileira. Achei Avenida Brasil uma tremenda chatice.


Lado a Lado, que foi uma produção impecável, infelizmente não obteve a audiência esperada e merecida, mas agradou os críticos internacionais e merecidamente conquistou o título de melhor novela do mundo. Com um texto simples, figurinos lindíssimos, e interpretações marcantes como a de Patrícia Pillar que mais uma vez deu um show ao interpretar a vilã Constancia, a novela das 18h deu uma aula de história.
Não há como esquecer que nos primeiros capítulos a produção mostrou como foram formadas as favelas do Rio de Janeiro. Relatou ainda o preconceito forte que ainda existia anos após a abolição dos escravos e das mulheres divorciadas, o surgimento do futebol (e acreditem, achavam que jamais um negro seria bem visto jogando futebol), e do samba (que também foi muito marginalizado).


Segundo o site oficial, a trama girou em torno da sólida amizade de Laura (Marjorie Estiano) e Isabel (Camila Pitanga), duas mulheres de classes sociais diferentes, que lutaram por seus amores, desejos e independência. A novela abordou os anseios e dificuldades enfrentadas por mulheres em busca de um novo papel na sociedade, além de mostrar a afirmação dos negros e de sua cultura no Brasil após o fim da escravidão. Os acontecimentos históricos do período, como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata, por exemplo, serviram como pano de fundo dos conflitos vividos pelos personagens, dando um panorama da formação da cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, na primeira década após a instauração da República. O nascimento das favelas, o surgimento do samba e a introdução do futebol no país ajudaram a compor o cenário da história.


Laura, filha de ex-barões do café, e Isabel, jovem negra, pobre e trabalhadora, se conhecem na igreja, enquanto aguardam seus futuros maridos para subir ao altar. Ali, entre meias confidências, nasce uma amizade genuína entre as duas, que perpassa toda a trama.
Enquanto Isabel espera ansiosa e feliz pela chegada do noivo Zé Maria (Lázaro Ramos), convicta de que é isso que quer para sua vida, Laura não esconde suas dúvidas e temores diante de um casamento que não deseja: ela vai se casar com Edgar (Thiago Fragoso) contra sua vontade, já que o que gostaria mesmo é de estudar e trabalhar para ser independente e, um dia, tornar-se escritora. Desejos que não correspondem ao papel imposto para as mulheres da época e, portanto, incompreendidos pela sociedade.
Avenida Brasil o povo só gritava e gostava de “trepar” com quantos aparecesse na frente. Não é Cadinho? Não é Suélen? Diálogos patéticos e personagens imbecis. Jorginho mais parecia uma Maria do Bairro chorona de bagos. Nem é uma crítica à Maria do Bairro, pois adoro! Mais uma vez eu digo: só Carminha que valia a pena.
Que a novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage, que contou com 154 capítulos supervisionados por Gilberto Braga, faça muito sucesso pelo mundo afora, em 2014. Fico feliz que pelo menos os críticos do Prêmio Emmy Internacional tenham dado o valor merecido a essa obra tão merecedora dos prêmios que a uó de Avenida Brasil recebeu no Brasil.
Disputaram também o prêmio uma produção angolana e uma canadense.

Fotos: TV Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário